sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pedra Bruta





Meu vinho coagula nos cantos da xícara
Meu coração pulsa na garrafa...

Lembro de você, num olhar absorto
na verdade você não me enxergou
A primeira vez, sentiu-me cego
foi o que te dei
o que pude te dar
Fabriquei sensações
e num instante, todo o instante durou uma noite....

Faço poesia, de uma forma escatologica
escrevo assim como vomito...

Aquele que é sensível, percebe o que de muito bom se cria
um bom nascimento
de pedra bruta...
o brilho
não se pode esconder
Muito se transformou
Toda pedra, por mais inerte tem seu histórico de transformação seu brilho em aura
a energia que ninguém pode tirar

...uma frase, um colar
Carrego no pescoço minhas palavras
não são lindas
não são ornamentais
elas habitam meu interior fisiologico
Vejo o sangue como licor,
toda a matéria, meu pensamento em jóia lapidada, vermelha...








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